Para refletir a data-símbolo, 20 de novembro, alunos da rede produziram material para enriquecer o aprendizado de toda a comunidade escolar
Por: Karina Costa e Sarah Toledo, comunicação Sesi-SP
17/11/202315:46- atualizado às 17:38 em 30/11/2023
No Sesi-SP, situações sociais como diversidade, inclusão e equidade, fazem parte do currículo escolar, ou seja, estão presentes no material didático e na prática docente. Quando os assuntos partem dos interesses dos estudantes, ou quando são vivenciados na vida social, incluindo a escola, as conexões no currículo são realizadas e novas propostas, como assembleias estudantis, espaços de diálogo e campanhas sociais ocorrem, num movimento que estimula o protagonismo, a responsabilidade social e o sujeito como atuante na sociedade. Assim, e permeados pela busca por uma sociedade mais igualitária e justa, estudantes da rede, decidiram criar um material para a ampliação das compreensões sobre o Dia da Consciência Negra.
Para demonstrar a constância curricular, o compromisso dessas juventudes com um país mais justo e a luta e a resistência da população negra até os dias de hoje, os estudantes da rede Sesi-SP se debruçaram sobre o tema em diferentes atividades: dança, música, literatura, debates, reconhecimento da produção intelectual de pensadores negros e reflexões sobre futuros possíveis estão entre as ações desenvolvidas nas escolas do Sesi-SP, seja em sala de aula ou em iniciativas para toda a comunidade escolar.
A partir da exposição fotográfica “Não parece, mas é racismo”, os alunos da escola Sesi de Igaraçu do Tietê refletiram sobre a temática, com intervenções realizadas pelos docentes e pela curadora da mostra, Isabel Silva. Na ocasião da reunião com as famílias, os estudantes apresentaram a exposição aos presentes, para ampliar as reflexões sobre o tema.
A arte foi a linguagem eleita pela escola Sesi de Pirassununga para abordagem da temática. O concurso “A arte pela educação antirracista” reuniu trabalhos dos alunos de toda a unidade.
Em Ribeirão Pires, a escola convidou membros de povos originários para resgate e reconhecimento da história afro-indígena. As atividades contaram com a participação da Cacica Jaqueline Haywã, da advogada Jacque Cipriany, de Messias Gingaê, com o grupo de capoeira Gingaê Camará, além de exposição de trabalhos realizados pelos estudantes.
Os alunos de Ribeirão Preto revisitaram a história do continente africano anterior à narrativa de violência e de opressão escravista. Ao pensar ancestralmente foram estimulados à também refletirem sobre a construção de futuros desejáveis para a população preta.
A escola Sesi de Leme convidou especialistas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para uma conversa sobre conscientização e letramento racial, entre os assuntos abordados. Uma exposição inspirada na boneca Abayomi também faz parte das atividades pensadas pela escola.
Djamila Ribeiro e Carolina Maria de Jesus, vozes importantes da literatura brasileira, e autoras de “Pequeno Manual Antirracista” e “Quarto do Despejo”, respectivamente, terão suas obras debatidas nas escolas de São Carlos (unidade Vila Izabel) e Votorantim. Já nas unidades de Boituva e Cerquilho, está programado um afro-sarau, em que os alunos vão realizar apresentações baseadas na produção intelectual negra.
A escola Sesi de Cruzeiro pautou a temática a partir de uma conversa com os alunos sobre as raízes afro-brasileiras, sua cultura, história e desafios. Uma oficina de confecção de adereços esteve na proposta de atividades e os alunos aprenderam a fazer turbante.
"Dia de Consciência Negra é todo dia!” é o mote dos trabalhos desenvolvidos na escola Sesi de Regente Feijó. Debates sobre injustiças raciais, conversas sobre singularidades e diversidades, contação de história, apresentação de dança e rap, além de uma caminhada para conscientização da população local estiveram entre as ações.
Alunos e professores da escola Sesi de São João da Boa Vista estão desenvolvendo uma semana de atividades com mesa-redonda, além de uma conversa com a advogada Dy Lourdes, primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na Academia de Letras da cidade. Também na programação prevista para ocorrer a partir de 21/11, a escola recebe o coletivo Batalha de Báskara, um grupo local que atua com batalha de rimas e fará uma intervenção cultural na unidade com os estudantes.
É parte do currículo escolar dos alunos dos ensinos Fundamental e Médio do Sesi-SP a participação no Festival Afrominuto, que compõe a Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra (Flink Sampa), organizada pela Universidade Zumbi dos Palmares.