Um dia, quando sua panela elétrica de arroz, uma popular Cuckoo, informou que sua comida estava pronta, Jaha Koo experienciou o golibmuwon, termo coreano intraduzível que expressa o sentimento de isolamento que caracteriza a vida de muitos jovens de seu país – fruto, principalmente, de uma crise econômica que assolou a Coreia do Sul há cerca de 20 anos. Em cena, acompanhado por três dessas panelas, o intérprete apresenta uma palestra-performance que mergulha pela história de seu país. Combinando imagens documentais, música e diálogos bem-humorados, o artista investiga questões endêmicas que impactam sua geração – como taxas crescentes de suicídio e retraimento social – e constrói uma narrativa a partir de sua experiência pessoal e de reflexões sobre eventos políticos, felicidade e morte.
Dia 02/03, após espetáculo, conversa entre Jack Insung (Centro Cultural Coreano) e Jaha Koo
FICHA TÉCNICA: Conceito, direção, texto, música e vídeo: Jaha Koo | Performance: Hana, Duri, Seri e Jaha Koo | Hacker das Cuckoo: Idella Craddock | Cenografia e suporte digital: Eunkyung Jeong | Orientação dramatúrgica: Dries Douibi | Técnica: Korneel Coessens, Jan Berkmans e Bart Huybrechts (e Wim Clapdorp) | Produção: Kunstenwerkplaats Pianofabriek | Produção executiva: CAMPO | Coprodução: Bâtard Festival | Apoio: CAMPO, STUK, BUDA, DAS, SFAC e Noorderzon/Grand Theatre | Com o apoio: da Flemish Community