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Autocalha para Bocha Paralímpica: projeto de estudantes do Sesi Sorocaba promove inclusão e acessibilidade no esporte

“Bocha Paralímpica sem Barreiras” já foi apresentado no III Congresso Internacional de Educação e selecionado para a Feira Internacional de Iniciação Científica (FENIC)

“Bocha Paralímpica sem Barreiras” já foi apresentado no III Congresso Internacional de Educação e selecionado para a Feira Internacional de Iniciação Científica (FENIC)

 Por: Isabelle Santos | Comunicação Regional Sesi-SP
07/11/202513:33- atualizado às 15:11 em 07/11/2025

Autocalha para Bocha Paralímpica. Foto: Karim Kahn/Sesi-SP. 

 

As aulas de Educação Física ministradas pelo professor Gabriel Muenzer, no Sesi Sorocaba, inspiraram dois alunos do Ensino Médio a desenvolver um projeto de educação tecnológica voltado à inclusão no esporte: a Autocalha para Bocha ParalímpicaA ideia ganhou forma no Fab Lab da escola, sob orientação do técnico Marcelo Dias, combinando conhecimentos de mecatrônica, programação e acessibilidade. 

Batizado de “Bocha Paralímpica sem Barreiras”, o projeto representa um exemplo de protagonismo estudantil. Os alunos Arthur Batista Pereira (16 anos) e Nicole Oliveira Lima (17 anos) conduziram todas as etapas — da pesquisa e concepção do design à construção e testagem do protótipo. Os testes, inclusive, foram realizados em parceria com os paratletas de Bocha do Sesi Suzano, garantindo a validação prática das soluções desenvolvidas. 

Autocalha foi criada para ampliar a autonomia de atletas da classe BC3, que utilizam rampas no arremesso das bolas. O equipamento incorpora tecnologia assistiva e inovação educacional, permitindo maior autonomia durante as partidas. 

Segundo Nicole, o objetivo foi oferecer mais autonomia aos jogadores sem eliminar o papel do calheiro, profissional que auxilia nos jogos. Já Arthur destacou o impacto social do projeto: “Criamos um protótipo de baixo custo, com materiais reciclados, e adaptamos para o tamanho oficial da modalidade. O software reconhece pequenos movimentos faciais, permitindo que o atleta controle a rampa sozinho. Nosso objetivo é devolver autonomia e autoestima a esses jogadores.” 

Ele também ressaltou o aprendizado proporcionado pela experiência: “É gratificante saber que desenvolvemos algo que pode mudar vidas. Mostra que os jovens podem usar o conhecimento adquirido na escola para transformar a realidade de outras pessoas”, disse. “Quando a ciência se encontra com a empatia, a tecnologia se transforma em uma ponte para inclusão”, resumem Nicole e Arthur. 

O reconhecimento, é claro, não tardou a chegar. A equipe apresentou o projeto “Bocha Paralímpica sem Barreiras” na Jornada STEAM do III Congresso Internacional de Educação, realizado em São Paulo pelo Sesi-SP e pela Faculdade Sesi de Educação. O evento reuniu professores, pesquisadores e estudantes para discutir os rumos da educação em um mundo em constante transformação.

 


Estudantes Arthur Batista Pereira e Nicole Oliveira Lima no III Congresso Internacional de Educação, realizado pelo Sesi-SP e Faculdade Sesi de Educação. 
Foto: Karim Kahn/Sesi-SP. 

 

Além disso, o projeto foi selecionado para a Feira Internacional de Iniciação Científica (FENIC), onde os estudantes representaram o estado de São Paulo, demonstrando o potencial da educação tecnológica como ferramenta de inclusão e acessibilidade no esporte. 

Mais do que uma inovação técnica, a criação da Autocalha simboliza o poder transformador da ciência, da empatia e da colaboração. O trabalho evidencia como a integração entre escola, esporte e tecnologia pode gerar impacto social e inspirar novas formas de autonomia e participação para pessoas com deficiência.