Em cartaz desde 7 de julho, "Darwin: Origens & Evolução" é estendida devido ao sucesso. Experiência gratuita engloba arte, ciência, conhecimento e biodiversidade
Por: Agência Indusnet Fiesp
14/07/202116:25- atualizado às 14:26 em 30/12/2021
Foto: Karim Kahn
Depois da passagem pelo Museu do Meio Ambiente, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro em 2019, a mostra “Darwin: Origens & Evolução”, que celebrou os 210 anos do nascimento de Charles Darwin (1809-1882), chegou a São Paulo no Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp (CCF). A exposição apresenta a trajetória do biólogo inglês, contextualizando o processo para elaboração da teoria da evolução das espécies, e ficará disponível para visitação até 27 de fevereiro de 2022.
A mostra, que recebeu mais de 30 mil visitantes em dois meses na edição carioca e já atingiu os 40 mil visitantes em São Paulo, conta com 332 peças, atividades interativas presenciais, coleções biológicas – animais taxidermizados, crânios, fósseis; gravuras históricas e textos críticos. A exposição revela o modus operandi de Darwin, que manteve uma comunicação direta com muitos outros cientistas, chegando assim à teoria da evolução. Quem preferir pode fazer agendamento prévio de ingressos gratuitamente pelo sistema Meu Sesi.
Dividida em quatro núcleos (“A ciência antes de Darwin”; “Um novo tempo”; “A jornada do Beagle” e “A origem das espécies”), “Darwin: Origens & Evolução” apresenta diferentes elementos de uma das mais importantes teorias do pensamento moderno e pretende ser uma expedição investigativa em que se mesclam uma aula de ciências, a interatividade e a descoberta. Explora uma jornada de perguntas, hipóteses e evidências que pavimentaram o caminho e culminam no que hoje conhecemos como a teoria da evolução das espécies.
Foto: Karim Kahn
As origens da mostra
A curadoria aborda o desenvolvimento da produção científica no Brasil, incluindo o intercâmbio de informações entre Darwin e naturalistas residentes em terras tropicais. São exibidas coleções do Museu Nacional, Museu de Ciências da Terra e do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. A novidade da edição no Centro Cultural Fiesp, na Avenida Paulista, conta com a curadoria científica do Museu Biológico do Butantan e do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP).
Dentre as coleções científicas do MZUSP estão animais taxidermizados, como tartaruga-marinha, jacaré, quati, cachorro do mato, e um pássaro guará. O Museu de Zoologia da USP, criado em 1890, tem mais 11 milhões de exemplares preservados e detém um dos maiores acervos zoológicos da América Latina.
Arte e Ciência
“A arte sempre acompanhou a pesquisa científica, e a exposição mostra como ambas evoluíram juntas”, comenta Diogo Rezende.
Além do acervo científico, a mostra “Darwin Origens & Evolução” apresenta obras de artistas contemporâneos que reforçam a conversa entre arte e ciência, como os brasileiros Gisela Motta e Leandro Lima (Anti horário); Tiago Sant’Ana (Refino #3, #4 e “Cana-Coluna”); Fernando Lindote (O Guardião fala II), a dinamarquesa Marika Seidler (Rapas das Bestas) e o norte-americano Juan Fontanive (“Vivarium A” Edição: 15), além de dois dioramas criados especialmente para a exposição pelo designer de bonecos Bruno Dante, ilustrando parte da história da produção científica no Brasil.
“A artista e antropóloga dinamarquesa Marika Seidler se ocupa da relação entre humanidade e natureza na vídeo-instalação Rapas das Bestas e o artista brasileiro Fernando Lindote nos põem em confronto com nossos ancestrais primatas. As obras são apresentadas respectivamente no início e fim da mostra e ilustram o tom da exposição que contrasta a visão do mundo antes e depois da apresentação da teoria da evolução das espécies” – estúdio M’Baraká.
As novidades para a edição de São Paulo são a inclusão da escultura “Cana-coluna” do artista baiano Tiago Sant’Ana e as animações analógicas de Juan Fontanive, que se utilizam da linguagem do Flip-Book.
A mostra “Darwin: Origens & Evolução”, que conta com a curadoria em história da ciência de Magali Romero Sá, apresenta também obras do naturalista e ilustrador João Barbosa Rodrigues (1842-1909), que dirigiu o Jardim Botânico, entre 1890 e 1909. Neste ano completaram-se 112 anos de sua morte e seu trabalho é reconhecido pela relevância para o conhecimento da diversidade botânica brasileira.
Visita virtual
O projeto conta também com uma edição virtual gratuita, inaugurada em fevereiro de 2021, que, no contexto da pandemia, visa ampliar o acesso dos conteúdos do projeto para todo país. No site www.mostradarwin.com.br/exposicao, o público vai poder descobrir mais sobre diferentes raças de cachorros, através de um jogo de memória digital inspirado no interesse de Darwin pela variação das plantas e animais domesticados através de milhares de anos. Vai brincar de acertar quais frutas são nativas do Brasil e quais não são, além de poder polinizar plantas e vivenciar uma experiência estética interativa diferente por obras de arte contemporâneas.
São 5 jogos e 3 animações inéditos, criados por uma equipe multidisciplinar, com a direção artística do estúdio M’Baraká e desenvolvidos pelo designer de interação Luiz Ludwig com o estúdio Mandelbrot. Os jogos contaram com a consultoria pedagógica de Gil Cardoso, biólogo especializado em comunicação científica e coordenador educativo da mostra.
O site é acessível e conta com vídeos em libras, áudioguia e áudio descrição. Todos estes conteúdos poderão ser acessados a partir do espaço expositivo com QR codes espalhados na galeria do Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp.
A exposição “Darwin – Origens & Evolução” tem concepção e curadoria do estúdio M’Baraká e Magali Romero Sá, doutora em História da Ciência e vice-diretora de Pesquisa e Divulgação Científica da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz); realização da Fiesp Sesi e apoio da Equinor.
Foto: Karim Kahn
Colab VOADOR+DARWIN
Como parte das inovações da edição São Paulo da mostra “Darwin – Origens & Evolução”, o estúdio M’Baraká firmou uma parceria com a empresa Voador Tecelagem, e desenvolveu mantas e porcelanas inspiradas nas ilustrações de história natural do projeto. São seis animais: pomba, dálmata, pássaro guará, onça pintada, peixe celacanto e baiacu. A ação visa ampliar a pesquisa do projeto e a consciência sobre a relação cultura e natureza. As ilustrações acompanham histórias sobre os animais.
Idealizada pelos designers Valentina Saldanha e Patrick Gondin, a Voador Tecelagem nasceu em 2016. É um ateliê que trabalha na criação e confecção de tapetes e tapeçarias decorativas nas técnicas de kilim, tufting e também pinturas em lona de algodão: www.voadortecelagem.com.br/
O estúdio M’Baraká cria, há quinze anos, projetos narrativos com abordagem crítica, alinhando pesquisa, arte contemporânea, design, arquitetura, literatura e música. Em 2019, recebeu o prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, concedido pelo IPHAN ao projeto Rolé Carioca. Recentemente inaugurou a exposição “Nise da Silveira – a revolução pelo afeto, sucesso de público e crítica (em cartaz no CCBB RJ). M’Baraká (pronuncia-se UM-BA-RA-KÁ) é uma palavra de origem indígena, que significa literalmente o som da maraca (espécie de chocalho feito de caçamba). Na mitologia Tupi, representa a gênese. www.mbaraka.com.br/
Sobre a Equinor – Empresa de energia com sede na Noruega, com operações em mais de 30 países. Desde 1972, atua na exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás na plataforma continental norueguesa, onde é o operador líder. Presente no Brasil desde 2001, a Equinor tem uma forte presença no país, considerado uma das três áreas-chave para a companhia em todo o mundo e área prioritária para o crescimento de longo prazo. A Equinor é a maior operadora internacional no país em volume de produção, com uma média de aproximadamente 100 mil barris de petróleo por dia. Possui um portfólio diversificado com 20 licenças, nas Bacias de Campos, Santos e Espírito Santo, e atividades em todos os estágios de desenvolvimento, da exploração à produção.
Apogi é a primeira usina solar do portfólio global da Equinor e está localizada em Quixeré, no Ceará, com capacidade de produzir energia para abastecer 200 mil residências.
Baseada no compromisso de geração de valor local, a Equinor patrocina diversas iniciativas no segmento sociocultural e esportivo, entre as quais se destacam: Museu de Arte do Rio – MAR e Galpão Aplauso (Cultura), Programa Pulsar, Projetos GoalBall e Karanba (Esporte), e a Exposição Darwin, em exibição no Jardim Botânico. Essas iniciativas estão alinhadas com as causas de Diversidade e Inclusão que são parte dos pilares da companhia.
Sobre o Centro Cultural Fiesp – É um importante equipamento de acesso à cultura mantido pela indústria de São Paulo e administrado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-SP), uma referência de qualidade e apreciado patrimônio cultural dos paulistanos. Em suas dependências recebe mais de 200 mil visitantes por ano, que prestigiam as diversas manifestações artísticas e culturais. Além das exposições em cartaz e da programação apresentada no Teatro do Sesi-SP, um dos mais icônicos da cidade, os visitantes ainda podem conhecer a Livraria da Sesi-SP Editora, com seus títulos premiados e catálogos de arte, e contemplar a fachada de concreto do lounge da Cafeteria, uma verdadeira obra de arte projetada por Roberto Burle Marx (1909-1994), assim como o visual do jardim de inverno.
Exposição Darwin: Origens & Evolução
Curadoria do Estúdio M’Baraká Período: de 7 de julho de 2021 a 27 de fevereiro de 2022 Horários: Quarta a domingo, das 11h às 20hLocal: Espaço de Exposições do Centro Cultural Fiesp Endereço: Avenida Paulista, 1313 - em frente ao metrô Trianon Masp Entrada gratuita. Agendamento de visitas opcional pelo sistema
Agendamentos escolares e de grupos: ccfagendamentos@sesisp.org.br