Em 2025, a Mostra tem nova temporada no Centro Cultural Fiesp e circula pelas unidades do SESI-SP pelo estado
Por: Karina Costa, comunicação Sesi-SP
22/04/202515:02- atualizado às 10:55 em 23/04/2025
De 5 de maio a 29 de junho de 2025, o SESI-SP e o Centro Cultural Fiesp recebem a 20ª Mostra Internacional do Cinema Negro (MICINE) – Circulação 2025, um dos principais eventos dedicados à produção cinematográfica afrodiaspórica e das minorias.
Nesta edição, o SESI-SP e a 20ª Mostra Internacional de Cinema Negro reforçam seu compromisso com a diversidade e a representatividade, oferecendo ao público uma janela para histórias que desafiam narrativas hegemônicas e celebram a resistência cultural. Entre os filmes exibidos estão:
O SESI-SP atua de maneira abrangente na área da educação e considera a cultura um elemento fundamental nesse percurso. A parceria com a MICINE tem como objetivo fomentar novos públicos, incentivar a produção e difusão de obras nas mais variadas vertentes artísticas, além de democratizar e ampliar o acesso à cultura.
Além da 20ª da mostra no Centro Cultural Fiesp, alguns filmes serão exibidos nas seguintes unidades do SESI-SP: Araraquara, Araras, Campinas (Santos Dumont), Franca, Indaiatuba, Itapetininga, Jacareí, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Santana do Parnaíba, São Carlos, Centro Cultural Sorocaba, Centro Cultural Campinas, Centro Cultural Ribeirão Preto, Rio Claro, São José do Rio Preto, Centro Cultural São José dos Campos, ESC Atibaia, ESC Cosmópolis e ESC Santa Rita do Passa Quatro.
Da Bahia para o Brooklyn, histórias do Caribe
Países Baixos, 2023, exibição digital, colorido
L – Livre
Em busca de suas próprias raízes, Nina Jurna partiu para realizar a série documental “Da Bahia para o Brooklyn, Histórias do Caribe”, em sete episódios. Um desafio que a levou para países como o Brasil, Suriname, Trinidade Tobago, Curaçao, República Dominicana, Haiti, Jamaica e Brooklyn, nos Estados Unidos. O documentário revela, através de depoimentos da população desses países, histórias onde passado e presente se entrelaçam, revelando a escravidão e o colonialismo vividos por eles em diferentes continentes.
Documentário, 44min
Direção: Martijn Blekendaal
Descritores de conteúdo: temas sensíveis
Doutor Gama
Brasil, 2021, exibição digital, colorido
14 – Não recomendado para menores de 14 anos
Baseado na vida do advogado e escritor abolicionista Luís Gama, uma das figuras mais importantes da história brasileira. Nascido livre, Luís Gama foi vendido aos 10 anos de idade como escravo para poder pagar as dívidas de seu pai. Mesmo com a vida de um homem escravizado, estudou e conseguiu se alfabetizar, conquistando sua própria liberdade. Tornou-se um dos advogados e pensadores mais respeitados de seu tempo e inspirou todo o país com seus ideais, textos e discursos.
Drama biográfico, 80min
Direção: Jeferson De
Descritores de conteúdo: violência, temas sensíveis
Maria ninguém sabe quem sou eu
Brasil, 2022, exibição digital, colorido
L – Livre
O filme é um depoimento inédito e exclusivo de Maria Bethânia para o diretor e roteirista Carlos Jardim, entremeado por imagens raras de ensaios e shows da cantora ao longo de seus 57 anos de carreira. A atriz Fernanda Montenegro narra cinco textos de autores como Ferreira Gullar e Caio Fernando Abreu sobre a importância de Bethânia no cenário cultural brasileiro.
Documentário, 100min
Direção: Carlos Jardim
Descritores de conteúdo: não há inadequações
Menino 23 – Infâncias perdidas no Brasil
Brasil, 2016, exibição digital, colorido
12 – Não recomendado para menores de 12 anos
A partir da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, o filme acompanha a investigação do historiador Sidney Aguilar e a descoberta de um fato assustador: durante os anos 1930, cinquenta meninos negros e mulatos foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro para a fazenda onde os tijolos foram encontrados. Lá, passaram a ser identificados por números e foram submetidos ao trabalho escravo por uma família que fazia parte da elite política e econômica do país, e que não escondia sua simpatia pelo ideário nazista. Aos 83 anos, dois sobreviventes dessa tragédia brasileira, Aloísio Silva (o “Menino 23”) e Argemiro Santos, assim como a família de José Alves de Almeida (o “Dois”), revelam suas histórias pela primeira vez.
Documentário, 80min
Direção: Belisario Franca
Descritores de conteúdo: violência, temas sensíveis
Negras reitorias
Brasil, 2024, exibição digital, colorido
L – Livre
A trajetória de reitores afrodescendentes nas universidades públicas federais é narrada em debates e rodas de conversas.
Documentário, 75min
Direção: Celso Luiz Prudente
Descritores de conteúdo: Não há inadequações
Nelson Pereira dos Santos – Uma vida de cinema
Brasil, 2023, exibição digital, colorido
14 – Não recomendado para menores de 14 anos
Passeando pelas imagens de seus filmes – dentre os quais, obras-primas como ‘Rio 40 Graus’, ‘Vidas Secas’ e ‘Memórias do Cárcere’ – o documentário procura rememorar a trajetória pessoal de Nelson Pereira dos Santos, desde a década de 1950 até hoje, período de ampla atividade, em que a vida deste cineasta se entrelaça com a própria história do país e do cinema brasileiro.
Documentário, 102min
Direção: Aída Marques, Ivelise Ferreira
Descritores de conteúdo: linguagem imprópria, nudez, violência
O tempo que resta
Brasil, 2022, exibição digital, colorido
12 – Não recomendado para menores de 12 anosO documentário aborda a vida de duas mulheres da Amazônia brasileira. Uma encerrou as relações de dependência impostas pelas milícias madeireiras. A outra protestou contra o agronegócio e a mineração que se expandem floresta adentro. Por este motivo, essas duas mulheres estão juradas de morte.
Documentário, 73min
Direção: Thaís Borges
Descritores de conteúdo: linguagem imprópria, violência
Simonal
Brasil, 2019, exibição digital, colorido
14 – Não recomendado para menores de 14 anos
O filme conta a história de Wilson Simonal, o cantor que saiu da pobreza e comandou as maiores plateias do Brasil. Dotado de um recurso vocal assombroso e domínio de palco excepcional, Simonal consegue transformar suas inseguranças da infância em grandes conquistas na idade adulta. Uma vez no topo, passa a se sentir invencível: exibe a sua riqueza e gosto por carrões e mulheres; faz propaganda de multinacionais; e se recusa a fazer discurso engajado contra a ditadura. Até que resolve ameaçar seu contador quando se vê com problemas financeiros, graças a seus gastos descontrolados, e acaba vendo seu nome envolvido com o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Começa então a derrocada de uma das maiores vozes que o Brasil já ouviu.
Documentário, 105min
Direção: Leonardo Domingues
Descritores de conteúdo: linguagem imprópria, conteúdo sexual, drogas lícitas, violência
Guilhermina
Brasil, Cuba, Espanha, 2019, exibição digital, colorido
L – Livre
Baseado em fatos reais, o filme reconstrói as memórias da marca deixada por “Guilhermina” – uma mulher negra, babá e cozinheira de uma família rica de Havana, na década de 1940 – num menino de nove anos, o irmão menor da família. A partir das lembranças de sua primeira infância, a história se desenrola, transbordando e transcendendo os eventos narrados pelo protagonista. É um trabalho em que animação e imagens de arquivos se entrelaçam, fazendo com que o público questione tudo o que está sendo escutado e observado.
Documentário, animação, 17min
Direção: Aída Esther Bueno Sarduy
Descritores de conteúdo: temas sensíveis
Megg – A margem que migra para o centro
Brasil, 2018, exibição digital, colorido
L – Livre
Megg Rayara derrubou barreiras para chegar onde chegou. Para ela, seu diploma é um marco importante de uma luta não só pessoal, mas, sim, coletiva. Pela primeira vez no Brasil, uma travesti negra conquista o título de doutora. É a margem que migra para o centro, levando toda sua história consigo.
Documentário, 15min
Direção: Larissa Nepomuceno
Descritores de conteúdo: linguagem imprópria
Questão de justiça
Brasil, 2017, exibição digital, colorido
L – Livre
O filme curta-metragem “Questão de justiça” tem como enredo fictício o problema fundiário, observando aspectos do quilombo dos seringueiros. O filme revela a possibilidade de uma modernidade impregnada de vícios corromper a cultura tradicional da africanidade brasileira.
Ficção, 12min
Direção: Celso Luiz Prudente
Descritores de conteúdo: não há inadequações
Unidades SESI-SP participantes: Araraquara, Araras, Campinas (Santos Dumont), Franca, Indaiatuba, Itapetininga, Jacareí, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Santana do Parnaíba, São Carlos, Centro Cultural Sorocaba, Centro Cultural Campinas, Centro Cultural Ribeirão Preto, Rio Claro, São José do Rio Preto, Centro Cultural São José dos Campos, ESC Atibaia, ESC Cosmópolis e ESC Santa Rita do Passa Quatro.