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Sesi-SP e municípios paulistas celebram parceria pela educação pública

Em evento realizado na tarde desta terça-feira (11/7), foram apresentados os resultados do projeto de recomposição de aprendizagens da instituição, direcionado às escolas públicas

Em evento realizado na tarde desta terça-feira (11/7), foram apresentados os resultados do projeto de recomposição de aprendizagens da instituição, direcionado às escolas públicas

 Por: Karina Costa, Comunicação Sesi-SP
11/07/202319:42- atualizado às 11:26 em 11/09/2023

Vimos com muita alegria o engajamento dos educadores para aquilo que talvez tenha sido uma das maiores marcas da pandemia: as crianças que não puderam estar nas escolas durante dois anos, e o quanto isso acarretou na formação delas”. A declaração de Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP), sobre a adesão das escolas públicas dos municípios paulistas ao projeto do Sesi-SP de recomposição de aprendizagens decorrentes do ensino remoto na pandemia, deu o tom do evento em que foram apresentados os resultados do programa.



Imagem Ayrton Vignola - Fiesp | Josué Gomes da Silva, presidente da FIESP / SESI-SP

 

Realizado na tarde desta terça-feira (11/7), no edifício-sede da Fiesp, na Avenida Paulista, contou com a presença de professores, prefeitos e secretários de educação. Em sua fala, Josué destacou os principais resultados do projeto: “Chegamos a ajudar quase 1 milhão de crianças e mais de 38 mil professores de quase dois terços dos municípios paulistas”, disse ele. “Mas podemos fazer muito mais de mãos dadas com vocês. Reafirmamos nosso compromisso na busca por alcançar cada vez mais a qualidade da formação dos nossos jovens, uma educação que os prepare para a vida futura e os inúmeros desafios que temos no Brasil”.

Um dos resultados práticos do projeto foi o avanço em 74 pontos percentuais na competência de tratamento à informação, conquistada por alunos do 8º ano do Ensino Fundamental, e em 53 pontos percentuais na competência de resolução de problemas, para alunos do 7º ano. “São competências basilares para a vida além da escola”, exemplificou Herman Assumpção, supervisor técnico educacional do Sesi-SP, responsável pela supervisão dos projetos e programas da instituição.

Para chegar ao crescimento apresentado, o Recompondo Saberes atuou na formação dos professores das redes de ensino municipais. “Os resultados se devem à construção coletiva durante a formação. Não entregamos pronto, fomos até os professores escutar as necessidades. Primamos pela personalização do ensino, que é a essência da concepção Sesi na educação”, declarou Herman.

 


Imagem Ayrton Vignola - Fiesp | Herman Assumpção, supervisor técnico educacional do Sesi-SP

 

O entendimento de que unir esforços numa construção coletiva traz transformações como a apresentada, foi a tônica do evento e tornou-se destaque na declaração de João Alves dos Reis Junior, gerente-geral do Laboratório de Educação da Fundação Roberto Marinho. “Chegar em 63% municípios paulistas para discutir problemas locais e construir uma intervenção eficaz e reparadora é uma coisa muito boa. Formar redes é o segredo para um mundo em que a capacidade de mobilizar esforços não é simples”, disse.

Para ele, parcerias público-privadas como a do Sesi-SP e dos municípios paulistas no Recompondo Saberes são importantes para dar agilidade a mobilizações emergenciais. Mas também chamou a atenção para a importância da constância dessas ações para garantir uma sólida formação dos jovens. “A educação é dinâmica, então para que continuemos a transformar, é necessário manter essas parcerias ativas. Temos muito a entregar para nossas crianças e adolescentes”.

Não há educação sem gente”, concordou Fernando Abrucio, chefe do departamento de gestão pública da Fundação Getúlio Vargas. Para ele, o trabalho coletivo e sistêmico, com vários atores envolvidos, é o que impulsiona grandes transformações. “Perdemos, a longo prazo, mais na educação do que na saúde, e só sairemos dessa crise derivada da pandemia com muito trabalho junto, não há outra fórmula”.

 


Imagem Ayrton Vignola - Fiesp
João Alves dos Reis Junior, gerente-geral do Laboratório de Educação da Fundação Roberto Marinho (primeiro à esquerda)
 Fernando Abrucio, chefe do departamento de gestão pública da Fundação Getúlio Vargas (no centro)
Laor Fernandes, gerente de projetos educacionais do Sesi-SP (último à direita)

 

Sesi para Todos

O momento delicado que a educação pública atravessou na pandemia impulsionou o Sesi-SP, que já soma quase 80 anos de história e expertise na área, a estruturar o Sesi para Todos, do qual o Recompondo Saberes faz parte. O Sesi para Todos é um programa gratuito para compartilhar as soluções educacionais da instituição. Neste último ano, também foram ofertados cursos de pós-graduação nas quatro áreas do conhecimento e de aperfeiçoamento em gestão escolar para gestores e docentes, todos ministrados na Faculdade Sesi de Educação.

Acesse e saiba mais sobre o projeto

 

Resultados do Recompondo Saberes

Criado em função dos impactos nas aprendizagens decorrentes do ensino remoto na pandemia, o Recompondo Saberes atuou na formação dos professores das redes municipais. Com isso, os alunos conseguiram avançar em Líbgua Portuguesa e Matemática nas duas etapas educacionais. No Fundamental II (6º ao 9º ano), em Língua Portuguesa, os alunos iniciaram o projeto com domínio de 50,5% do conteúdo previsto para a série e terminaram com 66,5%. Em Matemática, a evolução foi de 33,9% para 38,6%. Parte das escolas participou do projeto durante um semestre letivo e parte ficou dois semestres.

No Fundamental I (1º ao 5º ano), em Língua Portuguesa, os estudantes dominavam 62,2% do conteúdo da série quando começaram no programa e terminaram com 71,9%. Em Matemática, passaram de 34,8% para 39,8%. Isso significa que eles evoluíram na escrita ao formar palavras e frases e utilizar a ortografia de forma apropriada, no domínio das quatro operações matemática e soluções de problemas, no nível de conhecimento esperado para as séries cursadas.

Novo Olhar

Concluindo a experiência com o projeto para auxiliar a rede pública com a recomposição da aprendizagem, o Sesi-SP segue em seu objetivo de compartilhar educação de excelência com o lançamento de mais uma ação do programa Sesi para Todos, batizada de Novo Olhar. A partir de agosto, 90 municípios paulistas integrarão a ação gratuita de aprimoramento dos conhecimentos em Língua Portuguesa por meio de estratégias das artes cênicas, e da Matemática, por meio de estratégias do pensamento computacional. 

Ao formar 5 mil docentes, o Sesi-SP atingirá 150 mil estudantes nos próximos 6 meses. “A princípio, o atendimento será nas escolas com as maiores necessidades educacionais conforme os principais índices. Mais uma vez, focaremos nos professores, pois quase 80% dos atuantes na rede pública de São Paulo estão sem esse apoio de formação continuada, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) em sua monitoria do Plano Nacional de Educação (PNE)”, explica Herman.

 

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