“Avenida Paulista, da Consolação ao Paraíso”, de Felipe Hirsch, estreia no Teatro do SESI-SP em fevereiro

Para compor a música dessa metrópole, Hirsch convidou 15 dos maiores talentos da cena paulista. Alzira E., Arnaldo Antunes, DJ K., Kiko Dinucci, Jéssica Caitano, Juçara Marçal, Maria Beraldo, Maria Esmeralda, Maurício Pereira, Negro Leo, Nuno Ramos, Rodrigo Campos, Rodrigo Ogi, Romulo Fróes e Tulipa Ruiz, todos criaram canções inéditas para a peça. 

No elenco de atores e músicos reunidos no palco estão Amanda Lyra, Aretha Sadick, Fabio Sá, Fernando Sampaio, Georgette Fadel, Gui Calzavara, Helena Tezza, Heloisa Alvino, Jocasta Germano, Julia Toledo, Kauê Persona, Lee Taylor, Lello Bezerra, Marat Descartes, Negro Leo, Roberta Estrela D’Alva, Thalin e Verónica Valenttino. 

A direção de arte e cenografia é de Daniela Thomas e Felipe Tassara, e o design de luz, de Beto Bruel, parceiros de Hirsch há mais de 25 anos. Os figurinos são de Cassio Brasil. A trilha sonora original, de Arthur de Faria. A direção musical e os arranjos são de Maria Beraldo. Caetano Galindo, Felipe Hirsch, Guilherme Gontijo Flores e Juuar são os responsáveis pela dramaturgia do espetáculo, criada com o elenco de atores. Juuar assina a codireção da peça, junto a Felipe Hirsch. A direção de produção é de Luís Henrique Luque Daltrozo, parceiro de Hirsch em todos os seus espetáculos recentes.

Em 2024, o Teatro do SESI-SP comemorou seis décadas de história, cultura e inovação. Nesse ano marcante, celebrou sua tradição de apoiar produções que redefinem a cena teatral brasileira. 

“Avenida Paulista” chega ao palco do Teatro do SESI-SP como parte e continuidade desse momento celebrativo. No espetáculo, que é uma fábula urbana e cujo fio condutor é a memória que une passado e futuro, o diretor Felipe Hirsch retrata a metamorfose histórica da cidade de São Paulo representada por uma avenida. Personagens múltiplos e histórias não lineares refletem a dinâmica de narrativas diversas, sonoridades, imagens, corpos e identidades. De forma poética, tudo isso traduz e torna presente as muitas ausências que compõem o cotidiano dessa pauliceia. 

Com este novo espetáculo, o SESI-SP reforça seu compromisso de oferecer ao público uma programação diversa, contundente e gratuita, alinhada aos aspectos sociais e artísticos da contemporaneidade. Assim, a instituição, enquanto espaço de formação e usufruto, desempenha uma mediação fundamental entre público e obra, proporcionando, muitas vezes, a primeira experiência com o teatro a inúmeras pessoas.

FELIPE HIRSCH

DIREÇÃO GERAL E DRAMATURGIA  

Diretor de cinema e teatro, Felipe Hirsch foi um dos fundadores da “Sutil Companhia”, onde iniciou suas experimentações cênicas. Durante esse período, estabeleceu uma parceria influente de longa data com a multiartista Daniela Thomas, e recebeu mais de 100 prêmios e indicações na América Latina. Felipe trabalhou com grandes atores, como Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Paulo José, Alfredo Castro, Daniel Hendler, Wagner Moura, entre outros. 

No ano de 2006, Felipe Hirsch foi eleito pelo jornal O Globo como um dos 100 geniais brasileiros – uma lista dos pensadores mais influentes do país. Em 2008, ganhou o Grammy por seu trabalho como diretor do espetáculo “Homenagem a Tom Jobim”, com os prestigiados cantores Caetano Veloso e Roberto Carlos. No ano seguinte, dirigiu seu primeiro filme, “Insolação”, cuja estreia aconteceu no Festival de Veneza. 

Em 2013, o diretor lançou “A Menina Sem Qualidades”, minissérie criada para a MTV Brasil, contemplada pela APCA como a Melhor Direção e citada em mais de 50 listas de Melhores do Ano nos jornais brasileiros. Ainda em 2013, Felipe Hirsch anuncia a trilogia “Puzzle”, criada especialmente para a participação brasileira como convidada de honra do Frankfurter Buchmesse e recebida com grande entusiasmo pelas imprensas alemã e francesa. 

Em 2016, Felipe Hirsch estende seu trabalho para a América Latina e estreia as peças “A Tragédia” e “Comédia Latino-americana”, viajando pela Alemanha, França, Portugal, Chile e Brasil. No mesmo ano, dirigiu “Severina”, seu segundo longa-metragem, que estreou no Festival de Locarno e em 15 outros festivais de cinema de todo o mundo. 

Devido à importância e à relevância de seu trabalho, as obras de impacto criadas por Felipe Hirsch sa~o estudadas em muitas teses na Universidade de São Paulo. Nesse sentido, Felipe foi convidado pela Sorbonne Paris 3 para dar uma conferência, onde discutiu seus projetos envolvendo literatura latino-americana no cinema e no teatro. 

Sua montagem da ópera “Orphée”, de Philip Glass e Jean Cocteau, produzida para o Theatro Municipal do Rio, fez parte da temporada de 2022 no Centro Cultural Belém, em Lisboa. Ainda nesse ano, Felipe Hirsch desenvolveu o projeto “Língua Brasileira”, com Tom Zé. Também codirigiu, com Monique Gardenberg, “2022” para a HBO Max, um show com nomes como Chico Buarque e Caetano Veloso. 

Em 2025, algumas de suas pec¸as mais recentes, “Selvageria” e “Fantasmagoria”, serão exibidas em Paris, Avignon, Frankfurt, Lisboa e capitais do Brasil. Felipe Hirsch estreia este ano “Avenida Paulista, da Consolação ao Paraíso” no Teatro do SESI-SP. Ele também prepara uma instalação sobre a obra de Dalton Trevisan para o Instituto Moreira Salles. E começa a rodar seu novo longa-metragem, com Wagner Moura, sobre a experiência do pedagogo Paulo Freire em Angicos, sertão do Rio Grande do Norte.