EVENTOS

O coreógrafo moçambicano Idio Chichava aborda os processos migratórios e seus múltiplos significados pelo prisma do corpo. Inspirados pelo ritual de dança do povo Makonde, que vive em Moçambique e países vizinhos, treze performers dançam e cantam músicas tradicionais e contemporâneas de seu país, além de canções gospel e motivos barrocos. O espetáculo traça um caminho em direção ao que o artista chama de “corpo global”, que assume a plena expressão de sua existência e da sinergia com o outro ao cantar e dançar simultaneamente. Retratando a migração como uma jornada emocional, espiritual e coletiva, Chichava cria uma performance com uma poderosa carga energética – tão pessoal quanto universal.  

HISTÓRICO 

Idio Chichava é bailarino, coreógrafo e diretor artístico moçambicano. Vive entre o Moçambique e a França, onde colabora com a companhia Kubilai Khan Investigations. Em sua cidade natal, Maputo, fundou o coletivo Converge+ e tem trabalhado na promoção do intercâmbio artístico, além de dar aulas de dança para comunidades. Suas produções e colaborações multidisciplinares buscam abrir espaços para que potências interiores sejam investigadas em conexão com a convivência com outros corpos. É também coordenador artístico da plataforma Kinani e um dos produtores do Festival Raiz, voltado à música tradicional moçambicana. Em 2024, venceu o Salavisa European Dance Award, junto com a artista britânica-ruandesa Dorothée Munyaneza. Entre seus trabalhos estão Veridicidade, Xithukulumukumba, Xiquelene, Inkino, Intolerância, Sentido Único e Yellow Fat Chaos!. Como bailarino e coreógrafo já colaborou com artistas como Panaibra Gabriel, Lia Rodrigues, Horácio Macuacua, Cristina Moura, Thomas Hauert e David Zambrano, entre outros.