A cultura japonesa é grandemente apreciada pelo povo brasileiro, sendo prova disso os festivais que a celebram em várias cidades brasileiras. Todavia, a cultura japonesa conhecida do grande público ainda está limitada a dos primeiros imigrantes japoneses, que aqui aportaram no início do século passado.
Elementos como o origami, a ikebana, o sushi, o karatê, entre tantos outros. Todavia, o Japão mudou muito. Entra em cena para mostrar isso o soft power representado pelos mangás, animes e uma de suas manifestações mais apaixonadas: o cosplay.
Trata-se de um fenômeno que ultrapassou as fronteiras do Japão, aportando com força no Brasil, onde segue com uma legião de cosplayers apaixonados.
A questão lúdica na caracterização dos personagens cria um sentimento de pertencimento, mesmo que por meio de uma cultura aparentemente alheia à brasileira, criando o sentimento universal de que somos aquilo que nos permitimos ser.
A palavra cosplay vem da união das palavras costume (fantasia) e roleplay (interpretação).
Mas o que é de fato? Seria vestir a sua alma com a de seu personagem favorito ou tornar-se o personagem principal de sua própria vida? Fantasia ou realidade?
Talvez, seja apenas o ato de cruzar a fronteira daquilo que os outros acreditam que somos, para nos tornarmos o que nós realmente somos, mesmo que em um cosplay.