O artista sul-coreano Jaha Koo se debruça sobre o imperialismo linguístico, mostrando como a linguagem pode ser utilizada como arma política e fonte de poder. O espetáculo aborda o impacto da chamada “cirurgia da língua presa”, que, por anos, foi um fenômeno na Coreia do Sul. O procedimento era utilizado para tornar o músculo supostamente mais capaz de pronunciar corretamente o som do "r" em inglês. Ao esmiuçar essa prática, os absurdos e os significados que a envolvem, a obra revela como a negação e a desvalorização de um idioma também instiga a perda de uma identidade, fazendo com que os ditos subalternos sejam colonizados não apenas linguisticamente, mas também culturalmente.
No dia 04/3, após espetáculo, Diálogos Transversais, com Carmen Luz e Yara Novaes
FICHA TÉCNICA: Conceito, texto, direção, música, vídeo e performance: Jaha Koo | Dramaturgia: Dries Douibi | Cenografia: Eunkyung Jeong | Orientação artística: Pol Heyvaert | Técnica: Korneel Coessens, Jan Berkmans e Bart Huybrechts | Produção: OFFICENEINOFFICE | Apoio original: DAS Theatre | Produção executiva (2021): CAMPO | Coprodução: Kunstenfestivaldesarts