Musical brasileiro que retrata o artista e a criação, assim como o universo da cultura caipira raiz do interior paulista, perpassando temas como homofobia, machismo estrutural e desvalorização da arte. O plano de fundo é a descoberta das águas milagrosas de Ibirá, com seus poderes de cura. Uma comitiva de artistas chega cantando, tocando, dançando, contando, vivendo e descrevendo histórias e andanças de personagens em busca da criação.
90 min
ELENCO: ANTÔNIO BUCCA / DUDA SILVA / LAÍSA ANSELMI / RIAN GIMENES /
VICTOR CASTIONI
Direção Geral e Musical | LUIZ CARLOS LARANJEIRAS
Dramaturgia | ANTÔNIO BUCCA
(processo colaborativo com elenco, com textos e subtítulos de Luiz Carlos Laranjeiras)
Assistente de Direção e Coordenação Geral | ANTÔNIO BUCCA
Orientação em Dramaturgia | ALEXANDRE DAL FARRA E LUIZ CARLOS
LARANJEIRAS
Direção de Dramaturgia Musical | MARIA AMÁLIA MORAIS (BABAYA)
Preparação Vocal | ANA PAULA MENDONÇA
Composições | ANTÔNIO BUCCA, LUIZ CARLOS LARANJEIRAS E RIAN GIMENES
Melodias | ANTÔNIO BUCCA, DUDA SILVA, LAÍSA ANSELMI, LUIZ CARLOS
LARANJEIRAS, RIAN GIMENES, VICTOR CASTIONI
Cenografia (Projeto) | LUIZ CARLOS LARANJEIRAS
Cenografia e Adereços (Execução) | LEONARDO BAUAB
Desenho de Arte | DEIVISON MIRANDA | FERNANDA MINGÓIA
Figurinos (Projeto e Confecção) | LINALDO TELLES
Costureira | APARECIDA GALDIANO CREPALDI
Projeto de Iluminação e Operação de Luz | FABIANO AMIGUCCI
Operador de som | JOYCE CARVALHO
Criada em 2009 por Antonio Bucca, a Cia Arte das Águas trouxe de volta uma arte há trinta anos adormecida na cidade de Ibirá (SP), o teatro. Desde a sua fundação, o grupo vem sendo um dos núcleos ativadores de equipamentos culturais do município. A Estância Hidromineral, localizada a 45 km de São José do Rio Preto e a 410 km da capital paulista, apresenta um crescente potencial turístico e cultural. Um de seus grandes eventos é o Festib (Festival de Teatro de Ibirá) idealizado e produzido por Antonio Bucca juntamente com o ator, diretor e criador do FIT – Festival Internacional de Teatro de Rio Preto, Humberto Sinibaldi Netto. A formação da companhia partiu da união de artistas que se prontificaram a realizar trabalhos sociais de teatro e música em escolas e bairros periféricos. Estas vivências em arte-educação possibilitaram (e ainda possibilitam) que a Arte das Águas fale, por meio destas linguagens, sobre os dramas sociais recorrentes no município. Orientado durante quatro anos pelo Programa de Qualificação em Artes(antigo Projeto Ademar Guerra), da Secretaria de Estado da Cultura, foi o primeiro grupo de teatro da cidade a ganhar notoriedade estadual. Em 2013, a Cia. conquistou sua sede. Além de ser um espaço destinado a ensaios e à produção de novos espetáculos, é o local em que é realizado o Projeto Arteiros das Águas, que oferece aulas de teatro, música e dança a crianças e adolescentes, e que é mantido pelas apresentações de suas peças e pela contribuição de comerciantes locais que reconhecem e apoiam suas ações. A Cia. Arte das Águas prioriza em seus trabalhos a música ao vivo como importante elemento de dramaturgia, tendo em vista o contato de seus integrantes com a música e o canto desde muito cedo. Assim, seu primeiro espetáculo foi o musical “Apolo, Sir Gaia, Chuvisco e Agora Madame Popô”, com direção de Ricardo Matioli. Nos anos seguintes, montou “Melhor na boca do povo do que pobre”, com direção de Antônio Bucca, “Mazzaropi, um certo sonhador” e “A Vaca Lelé – Deixe seu sonho Voar”, ambos dirigidos por Fabiano Amigucci, “O Menino Coruja”, com direção de Ivan Parente e, mais recentemente, “Sou Caipira, Ibirá, Póra”, dirigido por Luiz Carlos Laranjeiras.