Trazendo como tema a força das águas, o mergulho na ancestralidade e os sons da diáspora africana, a cantora e compositora paulistana Luana Bayô apresenta composições dos seus dois trabalhos lançados, “Abebé” e “Tambú”. Dona de uma voz grave e potente, mas ao mesmo tempo suave e singular, a artista tem se revelado destaque na nova cena musical. Em 2023, ganhou o Prêmio PPM - Profissionais da Música, na categoria “Melhor Cantora de Samba” do Sudeste. Neste show, Bayô revisita canções que marcam sua trajetória como “Baticum de Bará”, de Luiz Antônio Simas, “Refúgio” de Ravi Landim e “Senhora das Ventanias”, composição sua em parceria com Luedji Luna. Além disso, ela também nos apresenta músicas do seu último disco, como “O sobrado de mamãe é debaixo d´água”, “Tem dendê” e “Desatadora de nós”. O show contará com a participação de Douglas Germano, compositor de “Mourão que não cai”, música que faz parte do repertório do novo disco, ampliando ainda mais essa conexão da cantora com o samba. Os arranjos são assinados por Liw Ferreira e a banda apresenta uma formação potente que nos remete às formações do samba jazz, com instrumentos como violão, baixo, bateria, piano, trombone, tambores, pandeiro, surdo e o tamborim.
90 min
Voz: Luana Bayô
Violão/ Guitarra: Helô Ferreira
Baixo: Liw Ferreira
Piano: Nichollas Maia
Bateria: Matheus Marinho
Percussão: Simone Gonçalves
Percussão: Lucas Alakofá
Trombone: Valber Oliveira
Convidado: Douglas Germano
Luana Bayô é mulher negra, cantora, compositora e educadora. Nascida na Bela Vista, reduto do samba de São Paulo e criada no bairro do Campo Limpo, zona Sul de São Paulo. Teve seus primeiros contatos com a música a partir das vivências dos terreiros e quintais da família. Formada em Letras - pela Universidade Mackenzie e Arte-educação pelo Instituto Brincante. Sua primeira formação musical iniciou aos 12 anos, na Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP). Foi aluna da cantora e pesquisadora Fabiana Cozza, nas oficinas “O corpo da voz”, em 2019. Já integrou grupos como Cia. Treme Terra, Bloco Afro Afirmativo Ilu Inã. Foi diretora musical do Grupo Massembas de Ialodês (2017 - 2024), e fez a curadoria musical nas homenagens à Helena Theodoro (2022) e Leci Brandão (2023), no Sesc Pompeia. Em 2016, produziu de forma independente seu primeiro EP “Voz Negra”, dirigido pelo percussionista Abuhl Júnior. E, em 2018, foi convidada pelo Projeto SIM para fazer a releitura do Disco “Quarto de Despejo” de Carolina Maria de Jesus. Em 2022, lançou o disco “Tambú: uma homenagem aos batuques paulista”, lançado pelo selo Pôr do Som. No mesmo ano, foi convidada pelo Sesc Campo Limpo para ser mediadora do projeto “Primorosa Roda”, onde pode dividir o palco com nomes como BNegão, Mestre Sapopemba, Allan Abadia, Victória dos Santos, Verônica Ferriani e Tereza Gama. Em 2023, ganhou o Prêmio ”Profissionais da Música”, na categoria “Melhor Cantora de Samba”. Em 2024, lançou “Abebé”, um disco dedicado ao feminino, à força das águas e às Yabás do panteão africano Oxum e Yemanjá, que representam o autoconhecimento, a maternidade e a fertilidade. Um trabalho mais intimista com arranjos que mostram força, mas também a sensibilidade da voz da cantora.
Douglas Germano tem 5 álbuns de carreira gravados: Duo Moviola/2009, Orí/2011, Golpe de Vista/2016, Escumalha/2019 e Partido Alto/2021. Compositor desde a década de 80, como diretor musical da Cia. Teatro X, assinou a criação de trilhas originais para nove espetáculos da companhia e com um deles, Calígula, de 2002, recebe Prêmio Shell 2003 de Melhor Trilha Original. Seu primeiro álbum solo, Orí, é de 2011, obra finalista do 23º Prêmio da Música Brasileira como Melhor Cantor de Samba. Em 2016, vence o Prêmio Multishow, na categoria Música do Ano, com “Maria de Vila Matilde”; foi finalista do Grammy Latino 2016 na categoria - Melhor música em língua portuguêsa, também pela compsosição “Maria de Vila Matilde”. No mesmo ano lança seu segundo disco solo, Golpe de Vista, finalista do Prêmio APCA. Em 2019 é a vez do terceiro álbum, Escumalha, também finalista do Prêmio APCA e muito bem recebido pela crítica tendo a música “Tempo Velho” ultrapassado a casa do milhão em número de execuções. Em agosto de 2021 lançou o quarto disco “Partido Alto” em parceria com o grupo Batuqueiros e sua Gente. Atualmente está produzindo disco homonimo que será lançado no segundo semenstre de 2024. Foi gravado por Elza Soares, Criolo, Wanderléa, Metá-Metá, Juçara Marçal, Fundo de Quintal, Beatriz Rabelo, Maria Gadú, entre outros.
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