Em “O Caso do Coletor Assassinado”, Quaderna usa sua astúcia para driblar uma situação política extremamente delicada que poderia acarretar uma guerra civil entre o governo da Paraíba, na mão da família Pessoa e Lucena e o seu tio e padrinho Dom Pedro Sebastião Garcia Barreto, fazendeiro e líder da oligarquia rural do Cariri, oposição ferrenha aos Pessoas e Lucenas, durante as investigações sobre um “suposto” desfalque dado pelo coletor da cidade, seu Evilasio Caldas. Para Dom Pedro Sebastião a situação fica clara que o governo quer usar o caso para enfraquecer o poder rural e isso provoca a fúria do coronel, ameaçando a resistência armada. Quaderna se vale da astucia e inteligência para resolver a questão da maneira mais proveitosa possível, para ele mesmo, afinal de contas, como um bom pícaro sertanejo, o caso se resolve e ele quem deve ganhar mais.
55 min
Texto: Ariano Suassuna. Direção: Fernando Neves. Elenco por ondem de entrada: Jorge de Paula, Fábio Espósito, Guryva Portela, Henrique Stroeter, Carlos Ataíde e Bruna Recchia. Músico ao vivo: Abuhl Júnior. Cenografia: Manuel Dantas Suassuna e Guryva Portela. Trilha sonora: Renata Rosa e Caçapa. Pinturas e desenhos exclusivos para a montagem: Manuel Dantas Suassuna. Cenotécnica: Zé Valdir e Marcelo Andrade. Figurino e Adereços: Carol Badra. Assistência de figurino: Bruna Recchia. Boneco: Mestre Zé Lopes Patrimônio de Pernambuco. Costureira: Maria José de Castro. Criação de luz e operação: Rodrigo Bella Dona. Identidadevisual peças gráficas: Ricardo Gouvêia de Melo. Produção: Cia Vúrdon de Teatro Itinerante.