O solo de Jussara Miller é livremente inspirado no livro “Ideias para adiar o fim do mundo” de Ailton Krenak. O espetáculo, dirigido por Norberto Presta e com audiovisual de Christian Laszlo, propõe uma abordagem multimídia com o diálogo entre dança e fotografia e reflete, de maneira poética e crítica, o impacto ambiental no país, evidenciando a natureza humana indissociável da natureza planetária.
VERDES E OUVIRDES tem uma abordagem multimídia que apresenta imagens fotográficas em movimento projetadas na tela e no corpo revelando a interface entre dança e audiovisual. Este solo de dança evidencia a natureza humana indissociável da natureza planetária, confirmando que a dança pode carregar significados que despertem um olhar sensível e crítico para o meio ambiente, amplificando a relação entre o interno humano e o entorno urbano. Vendo e ouvindo, podemos agir, como uma re-existência política do corpo.
O solo revela um corpo transitando por densidades reais e oníricas, dançando entre árvores e concreto, banhado em chuva e lama. Um corpo contemporâneo que quer reconciliar-se com a natureza, tentando adiar o fim do mundo e parar o céu antes de sua queda final.
O espetáculo estreou em 2021, contemplado pelo PROAC 03/2020, e cumpriu temporada online oferendo todas as ações com acessibilidade, recebendo um ótimo retorno de público. Recebeu o “Prêmio Denilto Gomes de Dança 2021”, com destaque nas ações pelo interior do Estado.
50 min
Ficha técnica
Concepção, coreografia e dança: Jussara Miller
Direção, dramaturgia e cenografia: Norberto Presta
Fotografia, audiovisual e trilha sonora: Christian Laszlo
Assistência coreográfica: Cora Laszlo
Iluminação: Eduardo Albergaria
Figurino: Warner Júnior
Projeto cenotécnico: Christian Laszlo
Produção Executiva: Wannyse Zivko (Arte & Efeito)
Produção Geral: Salão do Movimento
Jussara Miller
Bailarina, coreógrafa, e professora graduada em Dança pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. É mestre e doutora em Artes pela mesma instituição. É docente do curso de graduação em Dança da Unicamp e da pós graduação em Técnica Klauss Vianna na PUC-SP, com atuação artística em processos colaborativos de criação entre linguagens: dança, teatro, literatura, fotografia e vídeo. É diretora e professora do Salão do Movimento, em Campinas-SP (www.salaodomovimento.art.br). É autora dos livros de dança: “A Escuta do Corpo” (Summus, 4ª ed., 2007) e “Qual é o corpo que dança?” (Summus, 2012). Recebeu o “Prêmio Denilto Gomes de Dança 2018” por sua trajetória na Dança e o “Prêmio Denilto Gomes de Dança 2015” pela coreografia do solo “Nada Pode Tudo”. Foi indicada ao “Prêmio Governador do Estado de São Paulo 2015” pelo solo “Corpo Sentado”.