EVENTOS

Dani Black, na constante definição da sua sonoridade e focos conceituais, busca e nos entrega abundância. Se em Dilúvio esta dádiva veio como o próprio nome avisa, num torrencial de inventividade que lhe rendeu indicações ao Grammy Latino e ao Prêmio da Música Brasileira, aqui em seu novo álbum, Frequência Rara, ela emana de ondas múltiplas, com contornos, modos e facetas que se transmutam, como partes de um quebra-cabeças, que só se revela na metamorfose. Ou como o próprio artista reflete: “é um momento de amadurecimento, de mergulhos de autoconhecimento, o que traz ao trabalho a profundidade de um universo mais interior."

A primeira onda chegou ao público com a apresentação do novo repertório, no formato voz e violão. Como Dani diz “onde tudo começa”. De forma muito intimista, músicas e interpretações amparadas na sua singeleza, foram palco em uma série de 11 shows no Bona - Casa de Música, com convidados muito especiais de sua geração (Maria Gadú, Chico César, ‘Pedros’ Altério e Viáfora, Mestrinho, Filipe Catto, Fábio Brazza, Mariana Aydar, Duda Brack, Maria Beraldo entre outros).

A segunda entrega nasceu tempos depois, com a gravação de um DVD ao vivo no Teatro Tucarena, abrindo ali o espaço para arranjos de banda, na força de seu talentoso power trio. (Dani Black, Zé Godoy e Thiago “Big” Rabello). É o momento do palco, do contato direto, em que a relação do artista com o público e com seus músicos, se intensifica, irrompe e irradia.

Agora, com este álbum lapidado em estúdio completa-se o tríptico que traz a última parte, a mais nova variante deste elaborado trabalho. Momento mágico, divino, onde surgem os refinamentos da interpretação, as sutilezas da acústica, o requinte dos arranjos e da sonoridade. Uma etapa de imersão total, para o artista e para seus fãs.