Com um estilo inconfundível e prezando sempre a qualidade em tudo o que faz, Roberta Miranda tem uma história de vida marcada por lutas e desafios, situações que soube administrar e transformar em conquistas marcantes. Uma vencedora que desde a década de 80 tem quebrado barreiras e superado preconceitos.
São mais de 37 anos de história da cantora, compositora, multi-instrumentista, escultora e pintora, considerada uma das principais vozes da música nacional de todos os tempos.
Consagrada pelo público com o título de “Rainha Sertaneja”, a artista já vendeu mais de 28 milhões de discos e foi a primeira a vender acima de 1.750.000 cópias no disco de estreia, entre outros destaques.
Em abril de 2022, Roberta Miranda realizou uma importante viagem os Estados Unidos. A convite de estudantes de Harvard, MIT, BU e outras escolas de Boston, a artista abrilhantou um painel sobre cultura popular durante a oitava edição da Brazil Conference. Nessa passagem pelo país, foi reconhecida e agraciada no país por dois governadores e três prefeitos locais – um feito nunca antes alcançado por nenhum artista brasileiro nos Estados Unidos.
As honrarias tiveram início com uma citação honrosa, concedida pelo governador de Massachusetts, Charles Baker, pela grandiosa contribuição de Roberta Miranda à música popular brasileira e ao seu público. Na sequência, ela teve um evento em sua homenagem, onde recebeu uma citação e a chave da cidade de East Providence, em Rhode Island, pelo prefeito Roberto DaSilva. Na mesma ocasião, foi agraciada por Daniel McKee - governador do estado de Rhode Island, por Robert Sullivan (prefeito de Brockton) e Donald Grebien (prefeito de Pawtucket) que concederam citação das cidades a artista.
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Roberta Miranda e banda.
Roberta Miranda é de João Pessoa, na Paraíba, seus pais tinham três filhos homens e queriam uma menina. Depois de 17 anos ela nasceu, Maria Miranda.
Quando completou oito anos, a família veio tentar a sorte em São Paulo. Ela queria ser cantora, apanhou e foi quase internada, pois eles sonhavam que a única filha fosse professora. Naquele tempo, violão, música e vida noturna não eram o ideal de uma família como a deles, que migrou para a cidade mais rica do país. Acontece que eu tinha um sonho e uma determinação.
Ela queria ser artista, compositora, cantora, para isso, trabalhou arduamente por quatorze anos em bares e casa noturnas se tornando Roberta Miranda.
Em São Miguel Paulista, para onde foram, descobriu que Hermeto Paschoal morava na mesma rua. Fugia para a casa dele e ficava quietinha vendo-o trabalhar. Sua mãe ia buscá-la e pedia desculpas por ela estar o incomodando, mas ele sempre a salvava, dizendo que não atrapalhava em nada. Roberta respirava fundo e seguia atrás do seu sonho.
Aos 16 anos, começou a cantar em bares e acabou sendo contratada para abrir os shows do Beco e do Jogral, em São Paulo, na época o reduto da Bossa Nova. Abria show para Fafá de Belém, Rosemary e quem mais estivesse sendo dirigido por Abelardo Figueiredo ou Augusto César Vanucci.