A peça gira em torno da obsessão de Jorge, um usineiro paulista, em punir Marcelo, acusado de agredir sua filha, Fabíola. Essa obsessão se transforma em uma espiral de violência, contaminando as relações mais íntimas e expondo a estrutura violenta que sustenta a nossa sociedade. A narrativa, de tom épico, é conduzida por Dolores e Alfredo, familiares mortos de Jorge, que representam as forças míticas da história. Essas forças são metaforizadas nas "tectônicas", título da peça, termo de origem grega ("tektoniké"), que significa "a arte de construir", aludindo às placas que continuamente recriam a paisagem terrestre.
