EVENTOS

L – Livre para todos os públicos

A equipe de Arte-Educação do SESI-SP fará uma visita mediada com o público pela exposição “Extasia”. Abaixo, seguem informações detalhadas da exposição.

 A exposição

“TUDO PODE (perder-se)”
Artista: Tadeu Jungle

Curadoria de Daniel Rangel

          A exposição TUDO PODE (perder-se) é uma polifonia poética de palavras, imagens e sons espalhada em obras de suportes e técnicas variadas. A mostra abrange mais de 40 anos da produção do multi artista Tadeu Jungle marcada pela experimentação de linguagens com muita irreverência e humor, sendo ao mesmo retrospectiva e prospectiva, exibindo parte de sua trajetória e ainda novos projetos especialmente desenvolvidos para a mostra. 

Sobre o artista 

         Jungle foi um dos pioneiros da videoarte no país, e se tornou um dos mais importantes diretores audiovisuais de sua geração. Concebeu e dirigiu inúmeros programas de TV, filmes documentários e ficções, clipes musicais, publicitários e institucionais, além de vídeos de arte, uma parte apresentados na exposição. Herdeiro direto da poesia concreta paulistana, tendo sido influenciado desde jovem pelo conceito verbivocovisual, introduzido no país pelo trio do Grupo Noigandres, formado por Augusto e Haroldo de Campos, e Décio Pignatari. O conceito verbivocovisual, extraído por eles de James Joyce, propõe amplificar as dimensões verbais, sonoras e visuais de obras que transitam entre a poesia e as artes visuais.

         O marco inicial da produção poética de Jungle foi o poema “Ora H”, datado de 1978, um manuscrito que se transformou em adesivo e posteriormente foi publicado em uma revista e  mais recentemente em uma impressão fine art. A versão de 1978 é apresentada em uma das vitrines da exposição ao lado de outros poemas em versões originais produzidas no século passado. Já a versão mais nova é exibida nas paredes em conjunto com impressões em fine art de outros poemas visuais, além de cartazes caligráficos originais, serigrafias e fotografias, totalizando mais de cinquenta obras, nas quais o artista tensiona a relação entre palavra e imagem. Além disso, poemas criados no papel ganham novas versões instaladas por meio de traduções intersemióticas que dialogam com as artes visuais e os meios de comunicação de massa.

Sobre o curador

                Daniel Rangel é doutorando e mestre em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo – USP; membro do Fórum Permanente, vinculado ao IEA/USP, e da International Biennial Association (IBA). Pesquisador, curador e gestor cultural, sendo o atual Diretor do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_Bahia), além de curador do Prêmio Museu é Mundo e sócio da empresa N+1 Arte Cultura. Foi curador-chefe do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM Bahia), entre 2021 e 2023; diretor artístico do Instituto de Cultura Contemporânea (ICCo), de 2011 a 2016, e diretor da Diretoria de Museus da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, entre 2008 e 2011.